Samsung e FujiFilm se unem pra novo sistema de câmeras

A Samsung uniu forças com a Fujifilm para desenvolver a tecnologia de sensores e diz que aplicará a nova inovação a um grande sensor.

A NX1 poderia finalmente ter um sucessor?

Desde que surgiram os primeiros rumores sobre a saída da Samsung do mercado de câmeras, fontes da empresa têm informado investidores e jornalistas da Coreia do Sul sob condição de anonimato. Também é sabido que um protótipo de sensor full frame da Samsung foi desenvolvido e mostrado para a equipe da empresa na Alemanha logo após o lançamento do Samsung NX1.

Em um artigo de 2017 para o investidor  há otimismo para um retorno ao mercado com uma “nova categoria de produto para continuar o negócio”. O microsite Samsung NX1 agora aponta para as capacidades da câmera Samsung S9, mas muita coisa mudou desde 2015. Câmeras high-end sem espelho estão vendo um ressurgimento das vendas, com a Sony liderando a demanda.

Novo desenvolvimento de sensor conjunto com a Fuji

A Image Sensors World relata  uma parceria estratégica em que a Fujifilm fornece um novo material para a Samsung para uso em sua tecnologia ISOCELL, que isola melhor cada photosite para reduzir o ruído e as conversas cruzadas. O chefe de marketing da Samsung LSI, Ben K Hur, afirma que a tecnologia também trará melhorias de desempenho para projetos de pixels maiores, e não apenas para sensores de resolução muito pequena ou muito alta para smartphones.

“Por meio de uma estreita colaboração com a Fujifilm, líder do setor em imagem e tecnologia da informação, ampliamos ainda mais os limites da tecnologia de sensores de imagem CMOS. O ISOCELL Plus não apenas possibilitará o desenvolvimento de sensores de altíssima resolução com dimensões de pixel incrivelmente pequenas, mas também trará avanços no desempenho de sensores com designs de pixels maiores ”.

O resultado é um aumento de 15% na sensibilidade e melhor fidelidade de cor.

Samsung voltando para o mercado de câmeras

A Samsung foi pioneira nas normas de projeto de cobre BSI de 65nm para o NX1 CMOS, em comparação com o processo de 180nm de alumínio comum na época na indústria de câmeras. Em termos de microprocessador, essa é a diferença entre um CPU i486 de 1989 e um Core 2 Duo de 2006-11, uma diferença de quase 20 anos. Isso é o quão longe o Samsung NX1 era da Nikon D750 em 2014. Hoje, para a fabricação de chips, a Samsung está em 4nm, que é o limite para a Lei de Moore.

Em vez de desperdiçar esse recurso de classe mundial, no final de 2015 a empresa apresentou um protótipo de sensor full frame sob portas fechadas em Schwalbach, na Alemanha, baseado na mesma tecnologia pioneira com o NX1. Então, por coincidência, mais rumores começaram a girar em torno da Samsung encontrar um cliente. Ninguém menos que a Nikon. Esses rumores amplamente divulgados ainda não revelaram a realidade, e simplesmente não sabemos se a próxima câmera sem espelho da Nikon usa semicondutores da Samsung.

Escusado será dizer que o cancelamento do NX1 não fez nada para impedir a Samsung de investir mais e mais em sua tecnologia de sensor de imagem. Essa empresa pode transformar o desempenho em um toque. A Samsung poderia projetar um sensor full frame sob demanda, produzi-lo em massa e fazê-lo amanhã.

Eu ainda me lembro vividamente de ir à Photokina em 2014, vendo o Samsung NX1 e sentindo o medo nos concorrentes da Samsung. Aqui estava uma empresa que em 2014 havia investido US $ 13 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, criando uma câmera sem espelho verdadeiramente sofisticada, pela primeira vez, além da ameaça representada pelos próprios smartphones da Samsung. Era demais para suportar e alguns dos representantes da Canon e da Nikon estavam derretendo.

Seus nervos foram de curta duração. Se você olhar para o relatório anual de 2014 pouco antes do lançamento do NX1, a Samsung nem mencionou as câmeras. As vendas estavam em queda livre, porque tudo o que tinham eram câmeras de consumo de menos de 1000 dólares, muitas delas muito baratas. Esse mercado estava morrendo de morte, então a Samsung decidiu matar a faixa de câmeras sem espelho antes de seus próprios telefones. O NX1 era a vítima carente e à frente de seu tempo.

Em 2015, a aceleração de hardware (GPU) para o vídeo H.265 não era comum e o suporte ao sistema operacional era imensamente inexistente. A qualidade da imagem sofreu com a reprodução pixilated instável, problemas de gama, faixa dinâmica recortada e início de firmware. Tudo isso mudou em 2018 e o NX1 hoje é impressionante. O H.265 se sente quase como o ProRes em sua qualidade de imagem e reprodução suavemente suave. 5 anos de recursos ENORMES culminaram em uma impressionante câmera Super 35mm que ainda é líder de sua classe 4 anos depois. Ainda é o único sensor de câmera disponível comercialmente que eu sei que é capaz de 6K a 240fps ( fonte ). Claro que eles não implementaram isso (tente comprimir isso para o H.265 e escrever para o cartão SD), mas isso demonstra um importante princípio do design do chip.

É só uma questão de tempo até que a tecnologia da Samsung apareça novamente no mercado de câmeras, seja a Fuji, a Nikon ou sua própria nova linha de câmeras sem espelho full frame de ponta.